Tem tanta coisa na vida que a gente não esquece: o primeiro beijo, o primeiro sutiã, o primeiro bordado, a primeira necessaire, a primeira encomenda de tecidos importados…
E é tão bom poder falar sobre isso e ser compreendida.
É porque em qualquer outro lugar que eu dissesse algo assim, iam achar que estou maluca. Mas vocês não. Vocês me entendem.
E é tão bom poder falar sobre isso e ser compreendida.
É porque em qualquer outro lugar que eu dissesse algo assim, iam achar que estou maluca. Mas vocês não. Vocês me entendem.
E entendem também as aflitivas conjecturas da espera pelos novos tecidos que parece que nunca mais irão chegar:
- Ai, roubaram minha encomenda.
- Não acredito que o meu envelope tá preso no Correio.
- Bem que eu desconfiei daquela loja. Nunca mais coloco meu mouse lá.
- Acho que amanhã vai chegar.
- Acho que até terça já chegou.
- Acho que um dia chega. Será?
- Ai, roubaram minha encomenda.
- Não acredito que o meu envelope tá preso no Correio.
- Bem que eu desconfiei daquela loja. Nunca mais coloco meu mouse lá.
- Acho que amanhã vai chegar.
- Acho que até terça já chegou.
- Acho que um dia chega. Será?
E depois dessa montanha russa de emoções, quando estamos praticamente enlouquecendo, eis que chega. Normalmente quando já começamos o projeto com outro tecido, outro tamanho, na real, outro projeto.
Mas tudo bem, chegou e a gente esquece tudo: do tempo que demorou, do cartão que estourou, até da cara de alguns tecidos que a gente, a esta altura, também tinha esquecido que comprou. Mas tá valendo. Veio embaladinho, dobradinho e cheirosinho… Ai, que amor!
Eu tenho paixão por tecidos. Às vezes chego a pensar que comecei a costurar só para ter uma boa desculpa para comprá-los sem ser internada. O ponto alto do meu processo de criação na arte do costurar é escolher o projeto, abrir meu armário de tecidos, tirar uma pilha, duas… e concluir em voz alta: Não acredito que não tenho um bendito de um tecido que combine com esse projeto. Saco! Vou ter que comprar um novo yard! Eba!
Me amarra! Me amarra! Me tranca num quarto, mas sem internet. Porque se tiver internet eu ligo e compro, nem que seja um fat quarter.
- Pô, mas eu não tenho nem um tecido de pipoca? Isso é um absurdo.
Sim eu sei. Bem mais absurda é a constatação. Mas não fazemos por mal. É esse mercado, que lança o tempo todo uma coleção nova assinada por um designer mais incrível que o outro. É pior que o mercado da moda. A gente fica com 12 estações em um só ano: as quatro nossas, as quatro dos Estados Unidos e as quatro do Japão. Fazer o que? A vida é dura. É primavera aqui, inverno lá, verão patacolá. É muita ferveção!
3 comentários:
Oi querida, fiquei muito feliz com sua visita no meu blog, então vc vai operar mesmo em abril? a partir de agora estarei sempre por aki e pode contar comigo para ajudar no q eu puder...
Agora cá entre nós, q trabalhos maravilhosos são esses menina? aimmmm fiquei apaixonada por tudo q vi kkkk... não tenho o dom pra quase nada manual, malemá prego um botão kkkk, já fiz bonecas de lã, tentei bordar, mas nada sério... parabéns mesmo, um grande bj
obrigada pela força flor, e pelas visitas bjs
obrigada pela força flor, e pelas visitas bjs
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